Economia

Crise nos Estados Unidos: O que vai acontecer com o Brasil?

22 de abr. de 2025

Crise nos EUA

Crise nos Estados Unidos: O que vai acontecer com o Brasil?

Economia

Enquanto o mercado americano despenca após o "tarifaço" de Trump, investidores globais se perguntam: estamos à beira de uma recessão mundial? O Brasil, já fragilizado por problemas fiscais e inflacionários, pode enfrentar uma tempestade perfeita nos próximos meses. Entenda os riscos - e as oportunidades - que surgem neste cenário turbulento.

Um Ponto de Virada na História Econômica Global

O ano de 2025 será marcado como o ano em que o S&P 500 teve o terceiro pior desempenho nos setenta e quatro primeiros dias de negociação desde 1928. 

Tabela

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Fonte: CharlieBilello


Um começo alarmante que só perde para a Grande Crise de 1932 e 1939, período da Segunda Guerra Mundial.

Este início de ano tem sido extremamente difícil para os Estados Unidos. O dólar vem perdendo força constantemente, enquanto o ouro, visto como reserva de valor em períodos de crise, tem ganhado força expressiva. 

Gráfico, Gráfico de linhas

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Fonte: The Wall Street Journal


As bolsas americanas seguem em queda livre, com o S&P 500 acumulando perdas de mais de 6% desde o "Dia da Libertação" anunciado por Trump em 2 de abril.

Pode ser que o mundo esteja perdendo a fé no todo-poderoso dólar? É verdade que todo império eventualmente cai, como Ray Dalio argumentou em "A Ordem Mundial em Transformação". 

Será que estamos testemunhando o início do fim da hegemonia do dólar? São processos que normalmente levam décadas, mas o DXY (índice que mede a força do dólar americano frente a uma cesta de moedas) teve o pior começo de ano, revelando a desconfiança global no movimento agressivo das tarifas e na guerra comercial iniciada por Trump.

Acompanhe o DXY em tempo real: https://tradingeconomics.com/dxy:cur

Os efeitos já são visíveis na economia real americana. O consumidor nos Estados Unidos já está estocando itens caros antes das tarifas entrarem completamente em vigor, o que temporariamente elevou as vendas no varejo. 

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Fonte: Valor Investe


Os pedidos de auxílio-desemprego permanecem estáveis por enquanto, mas podem aumentar drasticamente dependendo de como prosseguirem as negociações comerciais com os parceiros internacionais.

Um fator extremamente negativo para o mercado é o ataque direto de Trump ao presidente do Federal Reserve, característica típica de mercados emergentes que agora se manifesta na maior economia do mundo. 

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Fonte: CNN Money

O FMI já prevê uma pequena recessão nos Estados Unidos no segundo semestre de 2025, enquanto as apostas no Polymarket já apontam 56% de chance de recessão por lá.

Acompanhe as tendências de recessão em tempo real: https://polymarket.com/event/us-recession-in-2025?tid=1745347033843

O que significa uma recessão?

Uma recessão representa um período de contração econômica generalizada, marcada principalmente pela queda na renda das pessoas. 

É como uma verdadeira sugadora de recursos financeiros das famílias, empresas e governos. Durante uma recessão, o desemprego aumenta, os salários caem ou estagnam, o consumo diminui drasticamente, e as empresas reduzem investimentos e produção. Todo esse cenário tem reflexo direto no PIB, criando um efeito dominó devastador.

É válido salientar que as recessões têm profundidades diferentes, podendo ser devastadoras como a Grande Depressão de 1929, que durou cerca de uma década e levou o desemprego a níveis superiores a 20% nos EUA, ou relativamente mais brandas e curtas como a recessão de 2001 após o estouro da bolha das empresas ".com", que durou apenas oito meses. 

Sobre a crise de 1929 e a Grande Depressão - esclarecendo causa e  consequência - Mises Brasil

Fotografia da crise de 29 – “$100 compra este carro. Preciso ter dinheiro em espécie. Perdi tudo na bolsa de valores”


A severidade, a duração e os setores mais afetados variam significativamente, o que explica por que algumas crises econômicas deixam cicatrizes profundas e duradouras, enquanto outras são superadas com maior rapidez.

E para o Brasil, como estamos?

A situação interna brasileira não parece nada animadora. A chance da inflação estourar o teto da meta é de 70%, segundo o próprio Banco Central. A inflação anualizada dos últimos doze meses já está acima do teto estabelecido, e com expectativa negativa para o IPCA-15 de abril, o cenário é preocupante.

As consequências já são sentidas pela população: 58% dos brasileiros reduziram a compra de alimentos devido à inflação, que está atingindo principalmente o grupo de alimentos e bebidas. 

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Fonte: Poder 360


Além disso, aproximadamente 50 milhões de brasileiros estão com menos comida do que o necessário em casa. 

A alta do café lidera as mudanças nos hábitos de consumo, afetando diretamente a arrecadação, enquanto produtos como chocolate tornaram-se proibitivamente caros para muitas famílias.

Todo esse quadro inflacionário ocorre mesmo com a Selic a 14,25%, que teoricamente deveria estar freando a inflação se estivesse em patamar suficientemente restritivo. 

Esta condição é extremamente negativa para a economia, para os empregos, para as famílias e para as pessoas em geral.

Pessoas na frente de uma loja

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Gerada por IA


É importante esclarecer que a inflação dos alimentos, que tanto afeta o orçamento familiar brasileiro, não é totalmente controlável pela taxa de juros.

No conceito de "núcleo da inflação" – indicador que exclui preços mais voláteis como alimentos e energia – os economistas buscam medir a tendência inflacionária estrutural da economia, que é o alvo principal da política monetária.

Parte significativa da atual alta nos preços dos alimentos decorre de mudanças climáticas e eventos extremos que afetaram as safras, independentemente da taxa básica de juros. 

Outra parcela desta inflação é fruto da expressiva depreciação do real frente ao dólar no ano passado, consequência direta da rápida deterioração do cenário fiscal brasileiro, que elevou os custos de insumos importados e pressionou toda a cadeia produtiva de alimentos.

A guerra comercial entre Estados Unidos e China pode, paradoxalmente, frear a alta de juros no Brasil, dependendo dos cortes nas taxas de juros implementados no exterior. 

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Fonte: O Globo


Contudo, o quadro fiscal brasileiro está extremamente deteriorado, com o governo já admitindo falta de dinheiro projetada para 2027. Isso explica o salto do dólar em quase um real desde o início de 2024 e elevou o risco Brasil, forçando investidores estrangeiros a exigirem prêmios maiores. 

Esse círculo vicioso é perigoso: juros altos encarecem a dívida pública e o crédito, reduzindo investimentos e consumo enquanto a inflação persiste - a clássica estagflação. 

De qualquer forma, o cenário externo, especialmente um possível acordo comercial entre China e EUA, será determinante para os próximos meses, que prometem alta volatilidade e incerteza.

Oportunidades em meio à crise

Embora o cenário de recessão esteja se desenhando no horizonte, este pode ser um momento estratégico tanto para investimentos em renda fixa, com rentabilidades históricas que podem ser travadas agora, quanto na renda variável, com empresas, negócios e FIIs disponíveis a preços extremamente atrativos.

Para quem deseja realmente aproveitar este momento com sabedoria e segurança, o auxílio de profissionais qualificados é fundamental. 

Inscreva-se para nossa consultoria e agende uma reunião com um de nossos consultores especializados. Estamos preparados para ajudá-lo a navegar com segurança por este período de turbulência, identificando as melhores oportunidades que surgem exatamente nos momentos de maior incerteza.

Disclaimer

Este conteúdo foi preparado exclusivamente com fins informativos e não deve ser interpretado como uma oferta de compra ou venda, solicitação de uma oferta de compra ou venda, ou recomendação para comprar, vender ou manter qualquer título, produto financeiro ou instrumento discutido neste documento.

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